domingo, 29 de abril de 2007

+ Listas

Já falei anteriormente da mania de se fazer listas. E como já disse L.F.Veríssimo no seu ótimo (redundância) “Banquete com os Deuses” é mais fácil criticar a dos outros do que se fazer a sua.

E poara aqueles que além de tudo gostam de cultura pop, um filme indispensável é “Alta Fidelidade”, onde John Cusack interpreta um sujeito que adora fazer de sua vida uma sucessão de listas: “as 5 melhores músicas qdo se leva um fora”, “As 5 melhores garotas que namorei”, “Os 5 melhores discos de todos os tempos”, entre outras.

O filme é baseado no livro homônimo de Nick Horby. Não tem a mesma força do livro mais ainda assim é uma ótima opção, principalmente se você está na faixa dos 30 anos e adora música pop. Ou melhor, acredita que a música pop pode mudar vidas.

Como bem disse Horbny a musica pop é boa porque é descartável. Fica difícil definir o que é uma boa musica. Dependendo do momento de nossas vidas aquela musica que até a pouco considerávamos ruim pode ter uma nova importância para nós. Ou com o passar do tempo podemos ver coisas diferentes em uma mesma canção que há muito nos acompanha, as palavras adquirem um novo sentido. Uma magica que só a musica pode conceber. E sem falar que assim como em um filme, uma trilha sonora é indispensável na vida (esqueçamos Antonioni).

Muitas vezes é impossível não associarmos determinada musica de um momento de nossa vida. Quem não se lembra da primeira vez que ouviu determinada musica, o momento, o que sentiu, para quem estava olhando.

Para muitos a musica pop adquire uma importância maior do que a merecida porque para esta mesma pessoa ela faz parte de algo. Às vezes fica até difícil dela perceber o porque de não causar a mesma paixão para outras.

Voltando ao Nick Horby , muitos de seus livros já foram adaptados para o cinema. O inglês “Febre de bola” troca a paixão pela música pelo futebol, mas no fundo é a mesma coisa. Acaba de ganhar uma nova adaptação, desta vez americana. Um outro filme escondido nas locadoras é o ótimo “Um grande garoto”, com Hugh Grant, um bom-vivant, que vive dos direitos autorais de uma musica de natal que seu pai fez na década de 60, cuja vida adquire um novo sentido quando um garoto surge em sua vida e tenta fazer com que ele e sua mãe formem um casal.

Não tem muito a ver com o assunto mas como estou escutando Belchior me deu vontade de citá-lo: “ O passado é uma roupa que não nos serve mais”.

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