domingo, 29 de abril de 2007

Escalando as Paredes

DIzem que o segundo é o melhor (Concordo) e o terceiro é o pior dos três (Com Certeza) , mas é o primeiro que tornou o segundo possível. O Texto a seguir foi publicado à época do lançamento do primeiro , por isso não reflete a minha atual posição, mas existem verdades que não mudam.

Incrível o filme “O Homem Aranha”. Não me lembro de nenhum outro filme sobre quadrinhos suscitar tantas paixões. O público adorou, a crítica saudou e os produtores nem se fala.

Outro dia um amigo meu me contou espantado que sempre ouve as pessoas na locadora, ao pegarem o filme na mão e comentarem “adorei esse filme”. Realmente, poucos não gostaram.

Mas o que o Homem-Aranha tem de tão especial ?

Para os fans dos quadrinhos foi sem duvida a fidelidade que o personagem foi tratado. Desculpe-me os puristas, mas as mudanças na história (que foram bastantes) não chegaram a nenhum momento a afetar a personalidade do herói.

Para o público em geral é a identificação com o heroi. Ele é real. Não o Homem Aranha, mas o verdadeiro herói da série, Peter Parker.

Peter é um adolescente como qualquer outro, cheio de duvidas e anseios próprios de sua idade. Tem uma tia (que mais parece uma avó) que o mima e um grande amor platônico. E ora, quem não é adolescente pelo menos um dia foi (ou virá a ser). Por mais cínica que for a pessoa em admitir, algo em seu coração vai pulsar.

Para a crítica temos um ótimo roteiro, ótimos atores nos papéis corretos (só Willian Dafoe está um pouco descontrolado) e excelentes efeitos em CGI que parecem reais. Sem falar na direção segura de Sam Raimi, (Evil Dead) que já vinha dando sinais de maturidade desde “Um plano simples” (1998). O mesmo Sam Raimi que já tinha feito um bom-filme-de-quadrinhos-sem-ser-de-quadrinhos, “Darkman” (1990). O filme padece de planos mais ousados, o que seria compensado na parte 2, tecnicamente melhor, mas era só um detalhe perto das grandes emoções proporcionadas pelo filme.

E o mais importante de tudo. Todos querem ser o “Homem Aranha”.

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